No orçamento geral dos institutos, há três rubricas principais: assistência estudantil, custeio e investimento. A primeira diz respeito às políticas de permanência; a segunda, ao funcionamento ordinário (contas de água, luz, telefone, equipe de trabalho terceirizada etc.); já a última, ao investimento para aquisição de equipamentos, construções, reformas e requalificações de espaços físicos bem como criação de novas estruturas.
Em 2023 o IFBA tinha 21 campus e nós só dispusemos de R$650.000,00 na rubrica de investimento. Isso significa que o montante foi insuficiente para resolver situações básicas como computadores quebrados, carteiras de sala de aula com avarias, quadros velhos precisando ser trocados ou equipamentos de laboratórios queimados.
Como, então, manter a educação de qualidade?
É possível que, no seu campus, haja um espaço que já esteja deteriorado ou precisando de reforma; móveis e equipamentos que não conseguiram ser substituídos; ou ainda um laboratório que está incompleto. A causa disso é o desfinanciamento da rede federal, um fenômeno que começou na crise do golpe parlamentar contra a presidenta Dilma, se agravou nos governos de direita e que parece seguir no terceiro governo Lula.
A série histórica demonstra uma queda no investimento do IFBA. Após anos de gravíssima situação orçamentária, acreditávamos que o novo governo impulsionaria os investimentos na rede federal, sobretudo após o anúncio da construção de mais 100 novos campi, sendo 8 deles na Bahia. Contudo, ao que parece, a crise do desinvestimento seguirá. E essa é uma área em que, quanto mais o tempo passa, mais equipamentos, laboratórios e edificações vão se deteriorando, precisando, com cada vez mais urgência, de substituição e/ou reformas. Em outras palavras, era para estarmos vendo um projeto de reinvestimento nos institutos, para que pudéssemos sair da crise em que estávamos nos últimos governos.
Conta pra gente o que seu campus está precisando: que área deveria ser reformada ou construída? Que equipamentos estão faltando?
