Entre os dias 3 e 5 de outubro, a Seção IFBA/CMS foi anfitriã do Encontro Regional de Mulheres do Nordeste do SINASEFE 2025, com a temática “Mulheridades: múltiplas formas de existir e resistir”, realizado na Reitoria do Instituto Federal da Bahia, em Salvador (BA).
A iniciativa, que reuniu mais de 100 mulheres, contou com a presença de diretoras e sindicalizadas das seções: SINTIETFAL-AL; CATU-BA; GUANAMBI-BA; IF Bahia CMS-BA; IF Baiano-BA; CARIRI-CE; CRATO-CE; IGUATU-CE; SINDSIFCE-CE; CODÓ-MA; MARACANÃ-MA; MONTE CASTELO-MA; SINTEF-PB; Colégio Militar do Recife; Escola de Aprendizes Marinheiros de Pernambuco-PE; IF Sertão-PE; SINDSIFPE-PE; SESISIFPI-PI; MOSSORÓ-RN; NATAL-RN; IF Sergipe-SE. A abertura do evento foi marcada pela apresentação artística da peça “Maria no Espelho”, adaptação do conto de Luís Fernando Veríssimo, encenada por Iara Colina (IF Baiano).
Em seguida, foi realizada a mesa institucional de abertura com representantes das seções sindicais do nordeste e com a participação de Ana Luíza (coordenação nacional da FENET) e de Ianna Cerqueira Santos Valiense (chefe de gabinete do IFBA). Também integrou a programação a mesa “Mulheridades nos Espaços de Poder e Análise de Conjuntura”, que contou com as presenças de Gracinete Bastos de Souza, Geovana Gonzaga Borges, Flávia Cândida e Lucimara da Silva da Cruz, sob mediação de Elane Nardotto, coordenadora de políticas educacionais, atividades culturais e práticas integrativas. Durante o coffee break, com um toque típico da cultura baiana, as participantes puderam saborear deliciosos acarajés e aproveitar um momento de convivência e interação.
Na manhã do segundo dia (4), a programação foi retomada com a mesa “Maternar na Luta – Cuidar de Quem Cuida: maternidades atípicas, Sinasefinho e maternagem sindical”, que teve como convidadas Teresa Bahia (coordenadora geral do SINASEFE-IFBA/CMS), Luísa Senna (docente do IFBA Campus Feira de Santana), Claudilena Corrêa e Kati Tupinambá, com mediação de Márcia Farias. Em falas emocionantes, as participantes compartilharam vivências marcadas pela maternidade atípica, processo de adoção, diagnóstico tardio, superações e a luta por inclusão. Destacaram o acolhimento, a força da família e a ausência de políticas públicas voltadas para mães atípicas. Durante a tarde, foi realizada a mesa “Corpos Exaustos e Resistências: Condições de Trabalho, Saúde Mental e Políticas do Cuidado”, com as convidadas Grazielle Felício, Daniela Botti, Raquel Nepomuceno, Lissa Fontanelle e Isabelle Alves, e mediação de Milena Silva.
Foram discutidas estratégias contra a exaustão, saúde mental, meritocracia e autoritarismo nos colégios militares, sobrecarga feminina, assédio em cargos de gestão, desigualdade social e a importância de políticas de cuidado para servidores. Também foram apresentados dados sobre assédio sexual no Colégio Pedro II e a proposta de política de enfrentamento, com base na Lei 14.986/24. Em seguida, foi promovido um debate entre as participantes. À noite, as delegações participaram de uma confraternização organizada para as filiadas em um bar e restaurante localizado no Santo Antônio Além do Carmo.
Na manhã de domingo (5), foi realizada a plenária conduzida por Teresa Bahia e pela Coordenação de Políticas para Mulheres, representada por Grazielle Felício e Flávia Cândida. Ao final, a categoria discutiu alguns encaminhamentos. Entre as reivindicações, foi solicitado que o SINASEFE agende uma reunião com o Ministério da Educação (MEC) para defender que servidoras(es) tenham o direito de levar suas/seus filhas(os) em viagens de trabalho, bem como que as servidoras grávidas tenham direito a um período de cuidado, nos moldes do já previsto para o período de lactação. Além disso, também foi deliberada a produção de uma nota de repúdio ao genocídio de mulheres e aos impactos da Reforma Administrativa sobre a vida das mulheres.
A Gestão Angela Santana do SINASEFE-IFBA/CMS, em nome de toda a nossa base, saúda e agradece a cada companheira que se fez presente — com voz, coragem e afeto. Foram dias de partilha, escuta e construção coletiva, onde nossos passos ecoaram as lutas de tantas que vieram antes. Receber mulheres tão potentes e diversas foi mais que uma honra: foi um ato de resistência e de celebração da vida que pulsa em cada território. A força da mulher nordestina não se cala, não recua — ela segue viva, insurgente e luminosa. Seguimos juntas, porque juntas somos mais fortes, mais livres e mais poderosas.
Baixe aqui as fotos do Encontro.
Fotos: Acervo SINASEFE, Márcia Angelo e Weslei Gomes (Comunicação SINASEFE-IFBA/CMS)
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