Na última quinta-feira (24), foi noticiado que a Justiça concedeu uma liminar determinando que a Universidade Federal da Bahia (UFBA) adote as providências necessárias para a nomeação e que a médica Lorena Pinheiro Figueiredo como professor do curso de Medicina da instituição. Embora seja a primeira medida favorável, a decisão da juíza Arali Marques Duarte, da 1ª Vara Federal Cível da Bahia, a mesma que, anteriormente, havia impedido o ingresso de Pinheiro na UFBA, não garante a vaga de otorrinolaringologia.
Este fato se insere em um contexto mais amplo de ataques às políticas afirmativas, em especial às cotas, que são fundamentais para a reparação histórica da dívida da sociedade brasileira com o povo negro.
Hoje, parabenizamos Lorena Pinheiro Figueiredo. Concordamos com a médica de que essa é uma vitória parcial que precisamos comemorar, apesar de não corrigir a injustiça de uma vaga que é sua por direito. Desejamos que sua nomeação aconteça com toda celeridade necessária, que sua conquista seja um marco para história da instituição e para que o Brasil compreenda a importância das políticas afirmativas e do combate ao racismo estrutural.
